Friday, June 3, 2011

A arte de não trabalhar

Bom dia meus amigos. Estamos a 30 de Maio e a CP volta a fazer greve. Mais uma vez alguns chamar-me-ão fascista, mas a minha opinião não muda, sou tão obtuso quanto o Sr, Engenheiro (o que devia fazer o gosto dos portugueses segundo as sondagens). Referindo mais uma vez os camionistas (exemplo que gosto tanto): acho bem a luta contra a prostituição dos trabalhadores, concordando totalmente com o apedrejamento entre camionistas, que respeita os bons costumes da Bíblia, pelo menos a parte de Maria Madalena. A greve em Portugal não deve ser encarada como um direito, mas sim um dever! Especialmente em época de crise, para mostrar àqueles malandros do FMI quem realmente somos.

A seguir ao Jaquim Manel, camionista há 30 anos, que paralisa o país porque chega à conclusão que é a única classe afectada no país, temos os amigos da CP. Estes senhores fazem greve como quem muda de roupa. A greve é um direito, mas deve ser usado nas ocasiões correctas. Estamos numa altura de transição (espero eu) de Governo e como tal fazer greve no sector público nesta altura é estupidez. Assim como é estupidez suprimir comboios na hora de ponta: os utilizadores adoram isso, especialmente quando compraram o passe e os administradores da empresa já meteram o dinheiro ao bolso. Ena, prejudicaram imenso a empresa: não lhes paga e ainda recebe. Mais interessante ainda é que as horas extraordinárias sejam as horas de ponta. Extraordinário!

Compreendam que eu estou tão chateado com a situação quanto os restantes “camaradas”, a diferença é que percebo que para não voltarmos a viver na selva como bichos, existe o conceito de sociedade. É verdade que a classe política em Portugal é o fim da macacada, mas o facto é que temos de cumprir os acordos internacionais por duas razões simples: primeira - não queremos passar fome pois não?; segunda – querem entrar em guerra, literalmente, porque não gostam do modelo económico?. Penso que se deve ter em mente que a selecção natural não é um conceito da escola básica, mas sim uma constante diária: como diria Darwin, ou se evolui, ou se morre (triste verdade). Por isso há que desmistificar o mito urbano do desemprego. Nem todos os empregos agradam, mas trabalho não falta.

Enfim, vivemos num circo onde os governantes papam dos “woks” e o povo cozinha com gosto e requinte. Eu penso que os cidadãos devem meter na cabeça que isto está “mesmo mau” e que é preciso trabalhar. Os políticos devem igualmente ser responsabilizados e perceber que só existem cargos públicos, porque as pessoas não são omnipresentes nem omniscientes e como tal, enquanto trabalham, têm de confiar o rumo do país a alguém. Assim confiam na juventude, naqueles “putos” mal-educados da Assembleia que se esbofeteiam verbalmente. O bom político deve ser daltónico e não olhar à cor partidária, deve ser isento e corroborar ou negar as propostas, na medida da qualidade das mesmas. Não existe oposição, existe moderação.

Gostaria de finalizar este raciocínio com algo ainda mais fascinante. Os portugueses são masoquistas. Estão contra quem governa e mesmo assim querem voltar a ver “engenharia” de orçamento. Deixem-me ver se percebi. Num país onde é impossível virar a esquina sem esbarrar com um funcionário público (os que mais gostam das greves), continua a existir apoio a um indivíduo que já demonstrou ser incompetente. Votem em quem quiserem, mas pelo menos em quem não está demonstrado ser uma vergonha. Se bem que não se pode pedir melhor. O tipo da ANACOM ganha mais que o próprio chefe de estado e não tem de meter a cabeça no cepo todos os dias.

Sunday, March 20, 2011

Civismo =D

O civismo português é algo que continua a espantar, o que vale é que conseguimos disfarçar bem no turismo... Hoje encontrei-me mais uma vez numa daquelas filas quilométricas para a 25 de Abril. Até aqui tudo bem. A parte interessante começa quando parei para pensar, não porque tivesse particularmente interessado no fenómeno, mas porque o trânsito não fluía. Foi então que reparei que 10% das pessoas da fila tinham emergências, acendendo os 4 piscas e seguindo pela margem da auto-estrada.
O que me fascinou! De facto, parece que quanto maior a fila, maior o número de sinistrados. Foi então que percebi que quando essa mesma margem era ocupada por motivos realmente graves, os carros desligavam os piscas e retomavam a via normal (de forma anormal diga-se). Que estupidez dizerem que o INEM não funciona. Quem precisa deles quando existem tantos bons samaritanos por aí. Malditas ambulâncias que raramente passam e obrigam estes indivíduos a abrandarem o seu assunto prioritário. Bem, nesta grandiosa nação só poderá ser altruísmo, pois já mais imaginaria que essas pessoas estivessem com um grave problema encefálico (também ele digno de uma rápida intervenção médica).

Ah! Já agora se cometi algum erro ortográfico, foi claramente propositado. Exigências do acordo em vigor e dos seus rigorosos critérios.

Momentos e Monumentos