Saturday, March 10, 2007

zenart - "natureza"


O mundo do lixo….

Estava o Poupas a passear pela Rua Sésamo, quando ouve o Óscar a resmungar e pergunta-lhe: “O que é que tens? Até parece que acordaste com os pés fora da cama?”. Tendo em conta que o ser verde vive num caixote do lixo, algumas conclusões dá para tirar… não estava bem aconchegado pelo seu lixo. Entretanto vem o monstro das bolachas e deita um pacote de (surpresa!) bolachas para o chão… que porcaria! Claro está que o Óscar com toda a razão só lhe apetecia dar "bolachadas".

Mas a verdade é que a palavra “monstro” vem de mostrar, o que nos leva a pensar, através deste exemplo absurdo, que algo tão simples para nós e tão gratificante para o ambiente está a ser ignorado. Ai, e tal! A força da gravidade faz com que não tenha força para dirigir a minha mão até ao caixote para deitar esta pastilha fora… Grande erro. Não só porque não é biodegradável, mas também porque, quando colado à sola dos sapatos, é capaz de ser tão poderoso quanto a força da gravidade…

Quanto à noção de biodegradável, sabem que nem tudo o que é biodegradável é bioagradável. Portanto, qual é a dificuldade de deitar o lixo no lixo. Já nem falo em reciclagem ou nos grandes problemas ambientais da actualidade, falo apenas num dos pequenos gestos que em nada afecta o nosso quotidiano (directamente), mas em tudo afecta o ambiente. Onde está a nossa consciência civilizada, será que foi com a cuspidela verde do velhote para o chão? (hehe ao menos é biodegradável)

No outro dia estava a passear alegremente no campo perto da minha casa e pensei para comigo o quão agradável era contactar com a natureza. Quando viro a esquina estava lá a natureza, mas a humana. Pedaços de tijolo, telhas, uma autêntica “taveirada”, não fosse o entulho aqui das obras… Ah já para não falar, com orgulho, da nova pista de atletismo da escola, rica em material antiderrapante e com a vantagem de cheirar a menta e a tuttifrutti, como já mencionado.

Ps: Relembrando o monstro das bolachas, peço desculpa pelos cookies que não reciclei e deixei no vosso histórico.

Monday, March 5, 2007

zenart - "criação"


Os verdadeiros "artistas"...

Meus caros amigos, eu e a minha língua bífida esta semana vimos-lhes falar dos “verdadeiros artistas”. Poderíamos estar aqui um mês a abordar este assunto, mas como eu gosto de temas actuais falemos dos artistas musicais…

Recentemente sabemos que a nossa querida Britney Spears cortou o cabelo, o que chocou o mundo social e os seus fãs (ou então não). Claro que isto está relacionado com o recente eclipse da lua ou não perceberam? Enfim, a questão que gostaria de levantar é: “Mas se são fãs porque ficam chocados? O que é tão relevante numa artista musical em termos estéticos?”

Bem eu posso com certeza afirmar que mesmo que algum dos meus artistas favoritos como Bebel Gilberto cortassem o cabelo eu não deixaria de ouvir a sua música ou venerar o seu talento musical, quanto muito escolheria um bonito saco de natal para lhe pôr na cabeça. Eu não critico os gostos musicais, pois acho que isso depende de cada um, mas critico a “prostituição musical”. Afinal não estaremos a focar-nos no lado errado da questão? Claro que alguém poderia responder “my hips don’t lie”, mas o que é que isso tem a ver com a música?

A música pretende transmitir um estímulo sensorial a nível auditivo, segundo alguns podendo ser comparada à própria linguagem, mas que no geral serve como forma de entretenimento. Sendo assim como é que a música actualmente se encontra cada vez mais dependente do suporte visual e especialmente do elenco dos vídeo clips?

Já agora outra questão interessante que se levanta é a do gosto pela música portuguesa. Gostaria de lançar uma reflexão, afinal excluímos muita da nossa produção nacional tendo por base o simples facto de ser cantado em português… orgulhem-se da nossa língua! Caso não acreditem traduzam as músicas estrangeiras e vão começar a achar que muitos “artistas” são tão originais quanto Quim Barreiros ou uma carpideira.

Por último, quanto ao nosso querido Fado, porque é que muita gente foge dele sem dar oportunidade de o sentir? (Será assim tão fatal como o destino? Ah! Estamos todos a brincar ao Ricardo Reis.) Hoje em dia é um género que já foi modernizado como observamos com a música tradicional irlandesa, ganhando alma e sonoridade.

Ps: Pessoalmente, gostaria de aplaudir mais uma vez o “jovem” Sam The Kid, por criticar os Moonspell por não cantarem em português. Humm… Acho que deveriam cantar em português sim, mas o mais importante é serem bons musicalmente, o que não passa por mordiscar os calcanhares dos colegas… Mas não te chateies, dava-te mais que “50 cents” pela tua música (cerca de 1 euro).