A questão do aborto é uma questão muito delicada, onde estão implicados argumentos do campo da ética, do campo da medicina, do campo político... A meu ver a grande questão não é um “sim” ou um “não”, mas deveria ser um "como resolver a questão tentando não recorrer a este método". Por resolução directa desta questão diria “não”...
Afinal, o que observamos é uma desculpabilização do governo. É muito útil ao primeiro-ministro alegar que desde o último referendo nada mudou, os abortos clandestinos ainda são uma realidade. No entanto terão os sucessivos governos tomado alguma medida no sentido da resolução? Pois é... Agora a culpa é da população. Se votar “sim”, teremos um atentado à ética, pelo menos a meu ver, e a possibilidade de recurso a este método como algo irresponsável e, por vezes, sob a forma de contraceptivo. Se ganhar o “não”, temos um ministro armado em déspota esclarecido a dizer que nada mudará. Muito obrigado meu caro, a essa conclusão já tínhamos chegado nós, mas o despotismo esclarecido ficou há uns séculos atrás.
No fundo, a educação sexual e uma distribuição eficaz de contraceptivos seria a solução, para além, claro, das políticas natalistas que bem nos fazem falta. Será que vale a pena recorrer à despenalização do aborto para a resolução desta questão?
Ao afirmarmos o “sim” estamos igualmente a defender que colocámos uma causa de lado e recorremos àquilo que é mais fácil, desvalorizar a vida para brincarmos aos mais civilizados. Quanto ao problema das mulheres que fazem este tipo de operações em condições precárias, não me parece que venha a ser muito diferente, afinal se a Saúde em Portugal já é uma vergonha, quanto mais aumentando o fluxo nos Centros de Saúde e Hospitais. O lado positivo é que deixamos de ter idosos a passearem pelos corredores porque não há quartos, o que dá muito mau aspecto, agora temos antes uma reunião familiar de avós e “mães”. Bem se quisermos ser mórbidos, podemos dizer que apenas têm uma coisa em comum, é que o hospital vai “abortar” a saúde dos mesmos. Os "Grandes Portugueses" fazem agora mais sentido que nunca, porque pequenos já há poucos e parece que vai haver menos.
Por isso façam alguma coisa! Não espere por uma vaga que traga o “barco do amor” e o “barco do aborto” à mesma costa… Se votarem “sim”, obriguem o governo a cumprir o apoio prometido às mulheres, quando devidamente justificado subentenda-se, o que implica uma alteração da legislação e formação médica, de forma a proteger os fetos (afinal todos nós já fomos fetos não é verdade?). Caso votem “não”, coloquem a legislação existente em prática ou façam alterações que a tornem mais funcional, este último caso parecendo-me mais razoável.
Por isso vote e vote com consciência!
Afinal, o que observamos é uma desculpabilização do governo. É muito útil ao primeiro-ministro alegar que desde o último referendo nada mudou, os abortos clandestinos ainda são uma realidade. No entanto terão os sucessivos governos tomado alguma medida no sentido da resolução? Pois é... Agora a culpa é da população. Se votar “sim”, teremos um atentado à ética, pelo menos a meu ver, e a possibilidade de recurso a este método como algo irresponsável e, por vezes, sob a forma de contraceptivo. Se ganhar o “não”, temos um ministro armado em déspota esclarecido a dizer que nada mudará. Muito obrigado meu caro, a essa conclusão já tínhamos chegado nós, mas o despotismo esclarecido ficou há uns séculos atrás.
No fundo, a educação sexual e uma distribuição eficaz de contraceptivos seria a solução, para além, claro, das políticas natalistas que bem nos fazem falta. Será que vale a pena recorrer à despenalização do aborto para a resolução desta questão?
Ao afirmarmos o “sim” estamos igualmente a defender que colocámos uma causa de lado e recorremos àquilo que é mais fácil, desvalorizar a vida para brincarmos aos mais civilizados. Quanto ao problema das mulheres que fazem este tipo de operações em condições precárias, não me parece que venha a ser muito diferente, afinal se a Saúde em Portugal já é uma vergonha, quanto mais aumentando o fluxo nos Centros de Saúde e Hospitais. O lado positivo é que deixamos de ter idosos a passearem pelos corredores porque não há quartos, o que dá muito mau aspecto, agora temos antes uma reunião familiar de avós e “mães”. Bem se quisermos ser mórbidos, podemos dizer que apenas têm uma coisa em comum, é que o hospital vai “abortar” a saúde dos mesmos. Os "Grandes Portugueses" fazem agora mais sentido que nunca, porque pequenos já há poucos e parece que vai haver menos.
Por isso façam alguma coisa! Não espere por uma vaga que traga o “barco do amor” e o “barco do aborto” à mesma costa… Se votarem “sim”, obriguem o governo a cumprir o apoio prometido às mulheres, quando devidamente justificado subentenda-se, o que implica uma alteração da legislação e formação médica, de forma a proteger os fetos (afinal todos nós já fomos fetos não é verdade?). Caso votem “não”, coloquem a legislação existente em prática ou façam alterações que a tornem mais funcional, este último caso parecendo-me mais razoável.
Por isso vote e vote com consciência!
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